Ela é uma das espécies vegetais mais antigas e contemporânea dos dinossauros: é a Dicksonia selowiana, conhecida como samambaiaçu, de cujo tronco se extrai o xaxim - a matéria-prima para a fabricação de vasos e substratos. Planta típica da Mata Atlântica, esta samambaiaçu está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção (Ibama), em razão da sua intensa exploração comercial destinada à jardinagem e floricultura.
Para obter mais informações científicas e, ao mesmo tempo, maior controle sobre a extração e comercialização da espécie, o Ibama formou, no ano 2000, o Grupo Técnico de Conservação de Pteridófilas, com a participação de especialistas do governo e das universidades federais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A principal meta era estabelecer formas sustentáveis de exploração da espécie. Já no ano 2001, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) passou a proibir a extração dessa espécie da mata. A área de maior ocorrência do xaxim na Mata Atlântica é a Floresta das Araucárias, nos estados do Sul do país e é justamente lá que acontece a maior exploração da planta. Segundo declaração de Jefferson Prado, pesquisador do Instituto de Botânica de São Paulo, publicada na Revista Natureza (junho/2002), a velocidade de crescimento da samambaiaçu varia, mas costuma ser muito lenta - geralmente ela cresce cerca de 5 a 8 cm por ano. Por essa medida, estima-se que para conseguir um vaso com 40 a 50 cm de diâmetro são extraídas da mata samambaiaçus com idade mínima de 50 anos!
Hoje, existem no mercado produtos alternativos que substituem o xaxim, como vasos fabricados a partir da fibra do coco e também substratos como palha de coco, ardósia e carvão. Ao optar por estes produtos estamos ajudando a preservar a existência da Dicksonia selowiana nas matas.
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