O que são "Gemas"

Vulgarmente chamadas de olhos, as gemas são em essência o princípio das folhas, flores e caules, envolto nas escamas corticais do tronco e dos ramos.

São órgãos produtores de ramos e folhas (vegetativas) ou flores (floríferas ou frutíferas), que variam no aspecto, na forma, no tamanho e na distribuição, de espécie para espécie. Quanto à localização nos ramos, as gemas são ditas terminais ou axilares, conforme estão localizadas no ápice dos ramos ou na axila das folhas. É interessante observar que as gemas são formadas com a mesma estrutura. O que vai torná-las vegetativas ou frutíferas é o vigor do seu desenvolvimento, decorrente da quantidade de seiva que recebem. Como já foi dito a frutificação só tem início quando a planta já conseguiu armazenar uma determinada quantidade de reservas de seiva elaborada.

As gemas de folhas ou lenhosas distinguem-se das floríferas ou de frutos pela sua constituição interna e externa. Gemas mais vigorosas e mais pontiagudas irão se transformar em ramos vegetativos. As de frutos são quase sempre mais volumosas, de forma oval-alongada, e as de lenho são mais alongadas e afuniladas. As primeiras apresentam-se mais macias ao tato, e as últimas, mais ásperas (Simão, 1998).

Em princípio, gemas mais vigorosas e mais pontiagudas irão se transformar em ramos vegetativos. As floríferas têm uma forma mais arredondada e devem ser preservadas.

As gemas podem ser naturais ou adventícias. As naturais são aquelas que surgem nos ramos normalmente segundo a tendência da planta, e as adventícias, as que emergem sob ação mecânica (Simão, 1998).

As gemas localizadas na parte superior dos ramos brotam antecipadamente e com maior vigor que as laterais, prolongando o ramo devido sua abertura lateral ser bem menor. Baseando nisso podemos dizer que ramos verticais tendem a serem mais vegetativos, e os inclinados, por onde a seiva circula de forma mais lenta, possuem maior potencial frutífero.

A duração das gemas está intimamente relacionada à biologia da planta e aos tratos culturais. Há espécies em que as gemas não ultrapassam um ciclo vegetativo, e outras em que duram vários anos.

As podas dos anos anteriores têm muita influência sobre a formação das gemas, quer frutífera quer vegetativa. Se as podas passadas foram severas, a planta foi privada de grande parte de sua copa e, portanto, pouca seiva bruta pôde ser transformada em seiva elaborada. Como conseqüência, espera-se muita vegetação e pouco florescimento. Ao contrário, se foram brandas as podas anteriores, é de se esperar que muita seiva bruta pôde ser transformada em seiva elaborada e que o afluxo desta contribuiu para a diferenciação de grande quantidade de gemas vegetativas em frutíferas (Inglez de Souza, 1986).

Já pela poda do ano em si pouca coisa pode fazer o podador no sentido de aumentar a frutificação. Pode-se, entretanto, melhorar a produção do ano em qualidade e preparar a planta para maiores safras vindouras.



Fonte (s): Guia Plantebem

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