Um canto, um jardim, muitas cores

Para acertar na composição de um pequeno projeto monocromático é preciso estender o cuidado com a seleção das espécies floríferas à escolha dos acessórios. Vasos, móveis e até a textura da parede devem estar de acordo com a proposta inicial. Como o verde das plantas predomina no jardim, flores em cores análogas a ele - os azuis e os violetas - criam um efeito harmonioso, mas de pouco impacto visual. O mesmo ocorre com a cor branca. Se o intuito for despertar atenção, aposte nos tons chamados quentes, como o amarelo, o laranja e o vermelho.

ROMÂNTICO


O projeto faz referência direta ao romantismo.

Símbolo da paixão, o vermelho em tonalidades distintas compõe o ambiente, juntamente com as formas arredondadas e a treliça, por onde cresce a trepadeira clerodendro (Clerodendron splendens). Apesar da aparência delicada, trata-se de uma espécie de hábitos rústicos, o que facilita bastante a manutenção.

Outro destaque fica por conta da primavera (Bougainvillea spectabilis), com forração de flor-da-fortuna (Kalanchoë blossfeldiana). "A composição foi possível porque as duas precisam de pouca água", afirma Telma Badra.

Os vasos são uma ótima alternativa para agrupar plantas de flores com os mesmos matizes, porém com diferentes necessidades de solo, água e adubação. "Cada vaso pode conter o substrato ideal para o exemplar que abriga". Ao selecionar as espécies, levou-se em consideração a possibilidade de ter botões desabrochando durante o ano todo.

Como se tratam de espécies floríferas, o espaço precisa receber sol grande parte do dia.

DESPOJADO


Como a própria cor induz à descontração, este jardim, explora duas frutíferas: uma pitangueira e um pé de laranjinha-kinkan.

Os frutos aparecem, geralmente, no fim da primavera até o início do outono. O restante do ano elas fazem parceria com as espécies de flores. "O jasmim-amarelo (Jasminum mesnyi) floresce no inverno, assim como a trepadeira-mexicana (Senecio mikanioides), que permanece em flor até o início da primavera".
O projeto em vasos exige mais cuidados em relação à adubação. "Os nutrientes da terra se esgotam com rapidez se comparados aos jardins comuns", conta. Por isso, deu-se prioridade a espécies mais resistentes.

"O peixinho (Nematanthus nervosus), que decora a bacia de terracota, serve como curinga, pois vai bem sem tratos", diz. A única ressalva é colocá-lo sob a sombra de uma planta maior, já que ele não gosta de muito sol.

Na falta de flores e frutas, o jardim conta ainda com o amarelo das folhas da pleomele (Pleomele reflexa), uma dracena usada tanto em projetos de sol quanto de meia-sombra.

DISCRETO


Simplicidade, harmonia e o mínimo de informações visuais e seguindo esses preceitos, criou-se o canto de tons alaranjados.

"Com a cor impressa na textura da parede, optamos por equilibrar a composição usando apenas três vasos - um alto, um médio e um baixo".

O mesmo aconteceu com a escolha das espécies, feita a partir do porte de cada uma delas.

Com cerca de 1,5 metro, a palmeira-fênix (Phoenix roebelinii) ganhou uma forração de crisântemos que, por ser baixo, brinca com a altura do tronco. Já a primavera, um pouco menor que a palmeira-fênix, e os tagetes (Tagetes patula) ficam bem próximos, provando que o contrário também pode dar bom resultado.

As begônias, em primeiro plano, imprimem delicadeza ao projeto e convidam o visitante a usufruir da área externa.

A primavera e a palmeira-fênix são de cultivo fácil. Já as espécies de pequeno porte não são perenes, o que significa que elas devem ser trocadas a cada seis meses ou quando as flores caírem.



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