Cebola brava, Flor de Trovão ( Amaryllidaceae)

Família: Amaryllidaceae

Nomes populares: cebola-brava, cebola berrante, flor-de-trovão, açucena, flor-da-imperatriz, boca de telefone e amaryllis(este último é mais utilizado na Europa e também se refere a um grupo de plantas africanas).

Hábitat: os mais variados possíveis, de regiões semi-áridas a florestas úmidas, passando por campos de altitude e brejos.

Distribuição: Na África do Sul, em toda a América do Sul e Central. No extremo sul do continente é bem rara. Os locais onde ocorrem mais espécies (não necessariamente mais exemplares) são da Bahia a São Paulo, no Brasil; e na região andina do Peru e da Bolívia. A maioria das espécies de Hippeastrum é endêmica da grande Bacia Amazônica, considerada o centro de dispersão do gênero, e possui cerca de 55 a 75 espécies, das quais muitas nativas do Brasil.

Características: planta herbácea perene que se reproduz por meio da divisão de bulbos com folhas retas que podem ou não desaparecer no inverno. Pode florescer o ano todo, principalmente se o bulbo for mantido em baixa temperatura para retardar o florescimento. As flores surgem de bulbos previamente cultivados, de onde brotam hastes longas com quatro a seis grandes flores cada uma ou mais hastes onde aparecem geralmente de duas a quatro flores, formando conjuntos de oito a doze flores, principalmente na primavera/verão. As flores são quase sempre vermelho/alaranjadas, variando para o branco e o rosa. Cada bulbo produz normalmente duas hastes.

Comercializado em vaso ou em bulbo são normalmente cultivados em vasos, jardineiras, como bordadura ou em conjunto.

Desenvolvimento: há duas fases na vida das açucenas: imatura e madura. A primeira começa com a germinação das sementes, prosseguindo com o desenvolvimento do bulbo e o crescimento das folhas. A segunda caracteriza-se por períodos regulares de florescimento.

Cultivo: Necessita de sol pleno durante todo o dia ou pelo menos 4 horas de sol direto. Prefere clima ameno e regas moderadas, pois o solo encharcado pode provocar o apodrecimento dos bulbos. Aprecia solo fértil com textura média, bem drenável. A mistura de solo ideal é: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 de areia.A multiplicação pode ser feita por bulbilhos laterais, separados da planta mãe logo após o desaparecimento das folhagens, os quais florescem normalmente após dois ciclos de plantio.

A Belladona, da espécie Brusvigia rosea, não tem valor comercial. A diferença desta com os híbridos é que a Belladona tem a haste cheia, enquanto as Hippeastrum possuem haste oca e diversas tonalidades de cores e variedades híbridas. Todas são, no entanto, da família Amaryllidaceae.

Instituto Agronômico de Campinas – IAC

Bastante apreciada na Europa, especialmente nos países escandinavos onde é indispensável nas decorações, a flor do Amaryllis, ou Açucena, encontrada no estado silvestre em todo o Brasil e na América do Sul, precisou ser descoberto pelos holandeses, que desenvolveram variedades híbridas, para começar a ser apreciado pelos brasileiros.

O bulbo do amarílis é importante produto florícola no mercado mundial, enquanto que as hastes florais são produtos de menor expressão econômica. As variedades cultivadas são normalmente tetraplóides, fruto de cruzamentos iniciados na Europa no século 19 que envolveram diversas espécies botânicas.

O IAC desenvolve, desde 1982, um programa de melhoramento com essa espécie tendo como base a exploração da variabilidade genética das espécies nativas brasileiras, objetivando a criação de novos produtos.

Exemplares de dezenas de espécies nativas têm sido sistematicamente coletados em diversas regiões do país, introduzidos na coleção do IAC e empregados em polinizações controladas com materiais já existentes, tanto espécies botânicas, híbridos, como variedades comerciais tetraplóides.

Em geral, a fertilidade das cultivares comerciais é muito maior que das espécies botânicas, as quais muitas vezes apresentam barreiras para a polinização.

Essas novas variedades são rústicas e bem adaptadas às condições ecológicas do Planalto do Estado de São Paulo. Hoje praticamente todas as variedades comerciais são produtos de cruzamentos não encontrados na natureza.

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Suas dicas e sugestões, também serão muito bem vindas.
Obrigada.

2 comentários:

Amigos disse...

ganhei um vaso(cerâmica)de amabilis,mas o vaso não tem furinhos em baixo para a agua sair, isso está correto?

Ravick disse...

Oi, esta planta tolera bem a alta umidade, então não vejo problemas em um vaso de cerâmica sem drenagem, desde que não fique inundado por muito tempo. Eu cultivo uma espécie selvagem de amabílis aqui (ainda não identifiquei a espécie, ela nasec sozinha nalguns lugares da região), e uso potes de plástico sem furos numa boa :)