Floreiras em casa

Você pode ter a natureza por perto, com bom gosto e, de prefe-rência, com responsabilidade. Isto é, sem provocar umidade nas paredes, nem vazamentos no vizinho de baixo. Se mora em prédio, verifique se a floreira tem ralo e se ele está desentupido. Cheque se está impermeabilizada e se a profundidade é suficiente para plantar o que você pretende.

E muita atenção com o que você vai plantar! Em floreira de prédio, jamais plante espécies de raízes profundas e vigorosas como Fícus (o terror da construção civil!) ou Primaveras. Já vi uma se transformar numa verdadeira corda naval e descer vários andares entupindo todo o encanamento do prédio: a minha. Nunca mais! Estas floreiras são rasas, só comportam espécies de raiz curta e fina como Azulzinha, Columéia, Impatiens...

Preparo: O passo número 1 é preparar a floreira, seja no prédio ou em casa. De cimento, cerâmica ou madeira, ela deve ser impermeabilizada e ter furos no fundo para escoamento da água. Na primeira camada, pelo menos, um centímetro de pedriscos. Depois, uma manta de drenagem (parecida com feltro) que ajuda a conter a terra e a filtrar a água para fora. Aí sim, vem a terra ou o substrato adequado para a planta.

Luz do Sol: Se você quer flores em casa, luz natural é determinante. Para produzir flores, a planta gasta a energia que retira do sol. Dê preferência sempre para a face norte, a que recebe mais luminosidade a maior parte do dia. Se não for possível, tente; pela ordem, faces nordeste, leste, noroeste e oeste.

Mas se suas janelas ou varanda forem frente sul, sudeste ou sudoeste, é melhor esquecer das flores para não se frustrar. Neste caso, prefira folhagens como peperômias, clorofito, filodendros. As chances são melhores: folhas verdes são menos exigentes.

Cuidados: Se você já escolheu suas plantinhas, vamos aos tratos. Plante na mesma floreira uma espécie só, é mais bonito. Observe o tamanho de cada planta adulta e, no plantio, reserve um espaço prevendo seu crescimento. Algumas plantas ficam mais bonitas lado a lado. Outras, em zigue-zague. Agora na primavera, regue em média 3 vezes por semana, sem encharcar. No verão, algumas espécies precisam de regas diárias, como a Maria-sem-vergonha. E a adubação mensal: uma colher de sopa de farinha de osso e duas de torta de mamona por floreira.

Sugestões de floreiras alternativas

Aproveite o que você já tem. É barato, ecológico e surpreendente. Melhor com uma mão de tinta esmalte e sempre com furos de drenagem no fundo, feitos com furadeira e broca para metal ou madeira, conforme os seus achados.

Use uma antiga ba-nheira, cesto de roupa da máquina de lavar, escorredor de macarrão (o metálico com alças já é furadinho e pode ser pendurado).

Use também tinas de madeira, caixas de frutas impermeabilizadas com Neutrol por dentro e com uma ligeira demão de tinta branca por fora, fica provençal.

Uma bela sugestão está na foto desta coluna. Uma criação da jardineira Therezinha Chechinato, de Itupeva. Ela coleciona canecas antigas de ágata e planta em cada uma mudas de plantas suculentas, parentes dos cactos, que bebem pouca água. Therezinha rega só o necessário para não apodrecer. O jardim dela é esta pintura. E de graça.


Fonte: http://vivasaopaulo.as1.com.br

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